domingo, 20 de março de 2011

Os saqueadores da fortuna (parte3) XIX

Blaise Compaoré foi o cabecilha por detrás do golpe de estado que levou ao assassínio Sankara, com a ajuda dos franceses diga-se, curiosamente ajudou-o também a chegar ao poder. Ainda hoje permanece como presidente do Burkina Faso e entregou o país de volta ao Banco mundial e aos restantes crocodilos como já pudemos ver.

Agora...
Não se mexe nas forças primárias da natureza. Essas forças são contra o desenvolvimento e sugam-nos através de privações e depravações sócio-económicas.
Esqueçam os políticos, esses, nem têm lugar à mesa neste patamar. Os descartáveis, tudo farão para agradar porque é esse o seu trabalho. Eles sabem a quem têm de obedecer, com um pouco de sorte serão alto-comissários ou presidentes de alguma comissão estrangeira.
Por vezes, é certo, saem anomalias tais como Kennedy, Jaime Roldós, Sankara, Omar Torrijos, Sá Carneiro, entre outros.

Dizer que é só o BM e o FMI a explorarem África não é justo. Estes dois apenas servem como mecanismo/regulador para efectuar as politicas a implementar. De facto, usa-se esta via, pois pode-se aplicar as leis internacionais, onde todos têm de obedecer porque assinaram tratados e mais tratados para tal efeito, por norma via ONU.

No caso do banco mundial as associações são naturalmente com...privados. Todos usam aquelas siglas que soam a uma espécie de governação, mas na realidade são privados e quando assim é, o lucro é quem mais ordena.
É uma porta aberta para quem quiser assaltar a casa, isso sim.

Um dos associados mora aqui...
(seleccionem Português)
Esta organização por exemplo trabalha no ramo do sector privado do banco mundial.

Um pouco mais a baixo o histórico diz-nos...    
- A criação da IFC em 1956 representou a primeira etapa da comunidade global para promover o investimento do sector privado nas nações em desenvolvimento.

No meu dicionário encontrei um sinónimo sobre esta definição histórica, na palavra exploração. Desenvolver o sector privado como bem sabemos é tomar conta de todos os recursos naturais.
Através desta organização por exemplo, as empresas ocidentais penetram na economia, instalam-se no país ou adquirem uma empresa local e funcionam a partir daí.

Os países ocidentais também entram na jogada ao praticarem a filantropia com o dinheiro dos contribuintes. Um donativo em troca de umas migalhas deve de ser o mote.
http://www.ifc.org/ifcext/portuguese.nsf/Content/Donor_Countries

No próximo quadro vemos as áreas de aplicação desta organização...



A parte Global/Temática diz tudo sobre esta organização, de relembrar que estamos a falar de instituições privadas, tópicos como financiamento de carbono ou cidadania corporativa, têm como objectivo final o lucro.
Adoro o termo cidadania corporativa, faz-me recordar o filme Metropolis, de Fritz Lang.

Os verdadeiros "moneylenders" moram nestas organizações, estão bem acima de qualquer instituição governamental, não foram eleitos por ninguém porque são ninhos de corporações, os verdadeiros "tip top of the capstone". Querem saber porque o mundo está feito numa merda?

Tomem lá outra agência, a MIGA...mas não de todos, claro está..

Mais uma nobre agência com o intuito de promover o investimento estrangeiro directo nos países em desenvolvimento. É assim que eles funcionam, para cada sector uma organização com multi-poderes.
Estas duas organizações acima descritas são basicamente uma só, pois é o investimento estrangeiro quem compra o sector privado nos países pobres.
E como os países têm uma dívida para com o banco mundial são obrigados a aceitar estas multinacionais que nada mais fazem que repartir a riqueza pelos seus.
 
Por último temos o IBRD (international Bank reconstruction and development).

Esta organização consegue o seu capital nos mercados financeiros, para depois emprestar a "bom preço", esse mesmo dinheiro aos governos e empresas públicas. Os agiotas também se costumam servir de quem está desesperado para conseguir sacar o que lhe resta.

São 3 exemplos onde claramente o negócio nada têm a haver com ajudar seja quem for. Estas nuvens que pairam nestes países são de facto o principal factor das inúmeras desigualdades instaladas nesses sítios, a única ajuda que produz é em favorecimento dos crocodilos do topo, nada mais.
Vemos o senhor Bill Gates a praticar a filantropia em África oferecendo milhões para a vacinação, mas curiosamente nunca o ouviram falar em elevar os padrões de vida dessas mesma pessoas, dar-lhes saneamento, electricidade, água potável, enfim, coisas realmente necessárias e que acabariam com grande parte das doenças que proliferam onde faltam estas condições

Mas, quem são estas instituições? Quem as elegeu? Porque é que nos seus estatutos estas corporações aqui apresentadas têm personalidade jurídica? Quem lhes concedeu esse direito?
Porque é que detêm um poder quase monolítico sobre os países?
Se o objectivo realmente fosse o dinheiro, então elevar-se-ia o nível de vida e assim conseguia-se mais, não é com um povo qualquer a ganhar 4 dólares por dia que se vai enriquecer ainda mais. Certo?

Para além de sugarem os recursos naturais que ficam entregue às empresas que se movimentam através deste circuito, os programas de ajuste estrutural ficam sempre sob a alçada, não de economistas, mas sim de burocratas, tecnocratas, que operam por entre governos e grupos think tank.

Estes, servem bem acima de governos, são os que moldam as leis, que quando aplicadas, começam a roer o tecido social, o objectivo é sempre destruir a própria estrutura que sustenta a sociedade e por conseguinte a nação. Não é só um país que fica em divída, são anos a fio de miserabilismo que tornam as culturas viradas do avesso, começa-se a esfarrapar lentamente a sociedade, desfragmentando-se em grupos, tribos ou rebeldes. O resultado final não interessa, desde que se consiga afastar o que mantêm as pessoas unidas enquanto povo, o trabalho está feito.

Qualquer um que queira tentar perceber a origem desta degradação civilizacional que tivemos no último século, terá de olhar para a verdadeira arquitectura que move esses mesmos governos. E não falo em partidos políticos, refiro-me é claro, á ponta do icebergue.

terça-feira, 15 de março de 2011

Os saqueadores da fortuna (parte2) XVIII

Vai uma Ajudinha?
A arte de bem enganar não é reservada a todos, conseguir um sorriso falso perante uma câmara, sabendo que se vai mentir à partida, é uma faculdade muito bem trabalhada pelos psicopatas. Estes, não são escolhidos ao acaso, têm de apresentar certas características de modo a subirem na cadeia do poder. Como usam o cérebro reptileano, destinado à sobrevivência, são incapazes de construírem emocionalmente algo dentro daquelas cabeças.

Impõem embargos económicos às populações sabendo perfeitamente que milhares de pessoas passarão fome, e outras tantas morrerão, mas fazem-no na mesma, sem remorsos nenhuns. Não consigo vislumbrar a diferença entre este acto ou um terrorista qualquer fazer-se explodir. 
Invadir países destruindo vidas e estrangular sociedades inteiras com técnicas keynesianas, são apenas alguns dos instintos de sobrevivência reptileanos dos iluminados.

"O fundo onde não queremos bater, encontra-se à mesma distância da esperança de nós termos uma vida melhor. O problema é que descemos, e enquanto a vela de luz tremida vai-se desvanecendo mais próximo o fundo irá aparecer."

Uma dessas velas que se apaga lentamente é o Burkina Faso. Porque é que vos falo neste país? Ou qual a razão de vos dar a conhecer um pouco da sua história?

É simples, não podemos pedir um mundo mais justo se não quisermos saber as causas desta degradação espiritual que nos é infligida. Não iremos ter um mundo melhor enquanto não entendermos o porquê de existirem pessoas que sofrem e passam o inimaginável para nós. Também não peças o melhor para o teu rebento, enquanto não quiseres o mesmo para todos os outros, sejam eles Africanos, Asiáticos ou Sul Americanos. Porquê? E se um dia precisares que o inverso se suceda? Não somos o mesmo, mas somos da mesma matéria.
E se te preocupas só com o teu umbigo então estás a um clique do egocentrismo, porque aqui, escreve-se sobre quem não têm voz, quem não pode dar a conhecer a sua história.

Comecemos então....

O Burkina Faso fica aqui

É o país com a pior taxa de alfabetização do mundo, com cerca de 23%. É também um excelente exemplo de como os crocodilos sugam até ao tutano o terceiro mundo.
Saber como se movimentam as forças primárias da natureza que envolvem estes países, é descobrir a profundidade da toca do coelho.

Espreitemos então a sua divida externa.

Reparem no gráfico da figura1....

O Banco mundial e o FMI ficam com quase metade da dívida, além de terem os tecnocratas prontos a intervir caso a economia não siga a todo o vapor de modo a pagar-lhes os juros. A dívida inicial, essa jamais será paga. Isso é um dado adquirido para qualquer país, seja ele rico ou pobre. Outra coisa a reparar é no inicio onde diz (Joint IMF/World Bank Debt Sustainability...). Sustentabilidade da divida, diz tudo.

Mas peguei no exemplo do Burkina Faso para vos mostrar alguém que assumiu o poder e decidiu não jogar pelas regras. Quis ser livre e conduzir o seu povo a essa libertação.

Em 1983 Thomas Sankara sobe ao poder, revolucionário à lá Cheguevara, começa a tomar medidas contra quem explorava o país. Como todos os bons revolucionários marxistas, a única forma de lutar contra o imperialismo são as armas, o que leva sempre a guerras civis ou pior aplica-se a doutrina radical ficando o país pior do que estava. Mas, este militar em particular começa a produzir um efeito positivo naquele país, que diga-se nada têm e muitos nem conhecem.

Entre outras medidas, pediu uma frente unida das Nações Africanas de modo a renegar a dívida externa. Ele argumentou que os pobres e explorados, não têm a obrigação de reembolsar o dinheiro aos ricos. Retirou as terras de cultivo aos senhores feudais e entregou-as directamente aos camponeses. A produção de trigo aumentou em apenas três anos. De 1700 kg por hectare aumentou para 3800 kg, fazendo o país auto-suficiente em comida, criou ainda o primeiro supermercado do país aberto a todos os que precisassem de comida.

Introduziu leis para proibir a mutilação genital, casamentos  forçados e a poligamia, nomeou mulheres para altos cargos governamentais e criou incentivos para trabalharem fora de casa e para permanecerem na escola, grávidas incluído.

Quando temos alguém no poder que de facto começa a pensar nas reais necessidades de uma sociedade, esse alguém é inevitavelmente assassinado. E seja ele marxista, democrata, ou outra merda qualquer separatista que criam para categorizar e catalogar grupos, o resultado é sempre o mesmo.
Sentar-se no poder um homem livre de interesses seria criar em pouco tempo uma população consciente e critica, mesmo analfabeta, como acontece com a grande maioria das populações do terceiro mundo.

O problema está quando se tenta "acordar" quem está adormecido, aí sim, os crocodilos começam a ficar agitados e com medo de possível contágio. Foi o que se passou com Sankara, quando tentou unir vários países Africanos de modo a exercerem pressão sobre o Banco Mundial e o FMI.
 
A dívida não pode ser paga porque em primeiro lugar se não pagarmos os nosso fiadores não vão morrer. Temos a certeza. Pelo contrário, se pagarmos, seremos nós quem vai morrer. Temos também a certeza. (...) Se for só o Burkina Faso a recusar-se a pagar a dívida, eu não estarei aqui na próxima Conferência. Pelo contrário, com o apoio de todos, do que preciso, (aplausos) podemos evitar pagar. E evitando pagar poderemos aplicar os nossos magros recursos no nosso desenvolvimento.” Sankara

Estes lordes, a quem lhes foi dada a habilidade de criarem dinheiro a partir do nada, (basta fazer uma simples transferência electrónica e novo dinheiro é criado), cobram juros de algo que nunca foi deles, mas como se não bastasse e aqui está o clique eugenista da coisa, impõem medidas de ajuste estrutural que aniquilam de vez os países.
Sankara apenas se recusou a ser escravo, mesmo vivendo livremente, poderia ter feito perfeitamente o que a grande maioria dos presidentes Africanos faziam e fazem, explorar os pretos, com a ajuda dos brancos.

Assuntos relacionados:
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2011/03/os-saqueadores-da-fortuna-1-xvii.html
http://profundaescuridao.blogspot.pt/2011/04/os-senhores-feudais-xxv.html

sábado, 12 de março de 2011

Os saqueadores da fortuna (parte1) XVII

A pirâmide da exploração
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) são as duas maiores fontes de empréstimos em moeda estrangeira  para aliviar a pobreza nos países mais pobres do mundo. Ao mesmo tempo, os países mais pobres do mundo devem mais dinheiro a estas duas que a outras instituições públicas ou privadas, juntas. Isto, deve-se ao facto de a maioria destes empréstimos ser mal estruturado, levando a que os países devedores não obtenham renda suficiente para pagá-los de volta. Isto acontece porque ajuda-se uma pequena parte da elite (privada) desse país devedor, sem nenhum benefício para os cofres do estado ou das pessoas.

O PAE (programa de ajuste estrutural), é mais um slogan cuja intenção é levar os países a tomarem certos procedimentos, (quase sempre de cariz sócio-económico) antes do dinheiro ser emprestado. É mais ou menos como ter um cão amestrado que salta quando o dono lhe diz ou rebola ao seu assobio.

Estes projectos beneficiam uma pequena elite do país em questão, ou se a obra for de grande envergadura, o dinheiro irá parar directamente a uma empresa multinacional do mundo ocidental, que vai lá e faz o serviço, grande parte das vezes mal e porcamente.
Noutros casos, os funcionários dos governos e empresas privadas desviam os fundos para contas bancárias privadas. Esta parte do esquema deixa as populações desses países com uma gigantesca dívida e impossível de pagar.

Este problema da dívida internacional tornou-se numa crise cíclica porque muitos países pobres pagam mais dinheiro ao Banco Mundial e ao FMI a cada ano, do que recebem em empréstimos. Os números do próprio Banco Mundial indicam que o FMI extraiu 1 bilião dólares de África em 1997 e 1998 mais do que emprestou para todo o continente.
Globalmente, os países pobres devem aos bancos privados que actuam através do Banco Mundial quase 2.5 triliões de dólares, isto em 1998.

O Banco Mundial e o FMI recusam-se a cancelar as dívidas em caso da economia de um país colapsar, isto, porque estas duas instituições introduziram nos seus estatutos a proibição para tal acto. Além disso, os governos têm um incentivo especial para terem em dia as suas dívidas multilaterais, uma vez que o FMI determina a solvência dos países, ou seja, até o FMI dar o seu selo de aprovação (o que normalmente exige o cumprimento das políticas económicas que recomenda), os países pobres no seu geral não podem obter crédito ou capital de outras fontes.

Esta dívida multilateral (dinheiro que é devido a instituições internacionais como o Banco Mundial e o FMI, bem como às suas instituições irmãs, como o Banco Asiático de Desenvolvimento, Banco Africano de Desenvolvimento e Banco Interamericano de Desenvolvimento) têm subido nos últimos anos para os países mais pobres . Para países de renda baixa (definidos pelo Banco Mundial como aqueles com per capita do Produto Nacional Bruto abaixo 785 dólares), a dívida multilateral aumentou cerca de 544% entre 1980 e 1997. 544%!!!! 

O Chade, país que fica no centro-norte de África, viu a sua dívida aumentar de 330 milhões em 1987, para 1000 milhões dólares, 10 anos depois. A dívida do Chade, em percentagem no PIB aumentou de 28% em 1987 para 55% em 1997.
what a deal...

Nos últimos anos, o Banco Mundial e o FMI concordaram em ajudar os países que estão a sofrer pesadamente com o endividamento, criando os Países Pobres Altamente Endividados (HIPC) em 1996. Mas, para se qualificar para HIPC, o país deve completar três anos no âmbito de um Programa de Ajuste estrutural. Mesmo após esse obstáculo, o país deve cumprir mais três anos ligado por outro PAE (programa Ajuste Estrutural) antes do alívio da dívida multilateral ser concedido. O paradoxo cruel é que o PAE obriga  a cortar os gastos em cuidados de saúde, subsídios de alimentação e educação.

No topo, lá bem no alto da pirâmide, o objectivo nunca é o dinheiro, esse abunda, são donos das melhores terras do mundo, são detentores dos bancos, companhias de diamantes e ouro. Usam-no é certo, como factor preferencial de modo a expandirem as suas ideias maltusianas, com politicas de zero crescimento. Disfarçam-se por entre os carimbos e leis (por eles criadas), que tornam o corpo visível à luz da sociedade.

Texto original


Assuntos relacionados...
http://profundaescuridao.blogspot.com/2010/10/por-quem-os-sinos-dobram-parte-2.html

sexta-feira, 4 de março de 2011

2+2=5 (VXI)


A verdade é o que é. Não é minha, não é tua, e também não é de quem a apanhar. Sabemos ou não, até podemos saber partes dela tal como podemos nada saber, mas, constituí-se como um todo que descreve ou do qual se transcreve algo que se pode ver, ouvir, sentir, e até mesmo cheirá-la.
Sobre o mesmo assunto, existem centenas de verdades possíveis, adulteradas por quem lhes interessa distorcer a verdade suprema, criando assim uma nova, que têm como raiz nada mais que a ficção de quem a criou.
O mesmo é dizer que a história é escrita pelos vencedores e acrescento que fazem-no da forma para servir os seus interesses.

Este lema é usado infinitamente pela propaganda escolar europeia que tende a ser similar à da antiga União soviética. A estrutura socialmente hierarquizada pelo estabelecimento escolar, não permite mais à frente na vida das pessoas, que as mesmas se interroguem ou mesmo que se revoltem contra essa estrutura que lhes foi incutida desde a tenra idade. É claro que saltarão de um partido para outro, irão a manifestações e assinarão petições, mas nunca questionarão se existe algo maior do que o próprio trono do rei. Nunca conseguirão visualizar as forças primárias da natureza, por assim dizer.

Qualquer estado não paga por um sistema escolar para dar os factos e as verdades às crianças e adolescentes, pelo contrário estupidifica-se esse mesmo sistema. Como? Em vez de ensinar às crianças/adolescentes disciplinas pragmáticas, relevantes e construtivas como história, matemática, física, línguas estrangeiras e química, explico-lhes o que é o terrorismo, a sexualidade, ensino-lhes a história das guerrilhas urbanas e massacro-os com economia nacional, hoje em dia transformada em crise.
Depois ficamos assim...

Se a grande maioria fica-se pelo básico pelas mais variadas razões, acham que a sociedade vos dará o quê? Excelência jornalística? Programas televisivos que não sejam reality shows?

De acordo com Yuri Bezmenov demora cerca de 15 a 20 anos para desmoralizar (doutrinar) uma nação, este é o tempo necessário para educar uma geração de crianças. Estruturadas mentalmente através de slogans Marxistas-Leninistas, ou propaganda similar, palavras como "direitos iguais", "justiça social", abortos ou o feminismo, são cada vez mais proferidos pelos jovens.

Fazem crer aos jovens, e não só, que nascemos todos iguais e devemos ter igualdade em tudo. Ao introduzir na sociedade e nos jovens estes mandamentos, estou a eliminar características únicas e inatas de cada um. Adjectivos como perícia, experiência, talento nato, inteligência e destreza, deixam de fazer sentido, pois retratam características singulares de cada um de nós.
Não é um sistema onde diferentes pessoas, ajudem-se mutuamente, onde se beneficie do facto da outra saber o que tu não sabes. Ao forçarmos esta igualdade em todos os aspectos relevante que constroem uma sociedade, mais cedo ou mais colapsará como um baralho de cartas.

A consequência disto, trás também a eliminação dos "velhos" valores tradicionais que são o oposto daquilo que as escolas doutrinam. Os antigos, idosos e sábios de hoje, os mesmos que percorrem todas as famílias deixaram à muito de passar conhecimento aos da geração seguinte. Os mais novos por pensarem que tudo sabem, tendem a ver "os velhos" como um fardo, alguém que não lhes pode transmitir mais nada a não ser a pena que sentem. Podemos assistir a este padrão no mercado de trabalho, onde pessoas qualificadas com 40 ou mais anos, são descartáveis por serem consideradas velhas. 

Quando ouvimos slogans como "nenhuma criança fica para trás" ou "a escola é para todos", o que eles de facto querem dizer é que nenhuma criança pode ter ideais próprios, a não ser aqueles construídos durante anos pelo estabelecimento escolar. Estabelecem um ponto de vista operacional para a sociedade e perpetuam-no, pois serve o seu propósito, que consiste na fabricação de mão de obra aplicável à sociedade.

A forma como se sabe que os jovens estão a assimilar a propaganda é feita através dos testes. Ou se regurgita o que eles pretendem e não se atrevam a opinar pela vossa consciência senão chumbam e leva-se com a mesma propaganda no ano seguinte. Pior, a turma já têm outros repetentes, sendo esta a forma de eles separarem o trigo do joio. Os restos, ocuparão é óbvio a parte de baixo da pirâmide.